Reflexões sobre o ensino de gêneros orais
nas escolas públicas de Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.55823/rce.v10i10.75Palavras-chave:
gêneros discursivos, práticas pedagógicas, preconceito linguístico, relação oralidade-escritaResumo
A compreensão de que um trabalho efetivo e coerente com os gêneros orais se faz necessário e urgente motivou a escrita desse artigo. Embora a fala esteja presente em todas as situações da vida cotidiana, a escola dá muito mais ênfase à escrita do que à oralidade em suas práticas. Observações realizadas em aulas de Língua Portuguesa apontaram não apenas para a ausência de um trabalho significativo envolvendo os gêneros orais, mas também para a compreensão equivocada que se faz do uso destes. Frequentemente confunde-se oralidade com leitura em voz alta ou participação nas aulas. Outro fator relevante dessa problemática consiste na atribuição das mesmas normas rígidas da escrita para a fala. Sendo assim, o preconceito linguístico também tem destaque nesse estudo. Aliado aos pressupostos teóricos, que foram buscados em Bakhtin e outros, a pesquisa adota a concepção sócio- -histórica-ideológica da linguagem, na qual os enunciados são construídos em situações reais e na relação dialógica dos sujeitos com seus pares no meio social.
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