As ocupações nas escolas em 2015 e 2016

“Primaveras Estudantis”

Autores

  • João Paulo de Souza da Silva
  • Danielle Scheffelmeier Mei

DOI:

https://doi.org/10.55823/rce.v15i15.118

Palavras-chave:

Primavera estudantil, Movimentos de estudantes, Juventude e política

Resumo

Dois anos após a “Primavera Estudantil”, este artigo tem como objetivo descrever as ações dos movimentos de estudantes secundaristas que aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no Paraná. As ocupações das escolas, os aulões e as manifestações nas ruas das grandes cidades brasileiras marcaram o descontentamento dos adolescentes e jovens com as políticas educacionais adotadas na época, por parte do poder público. No final do ano de 2015 e em 2016, os governos estaduais tentaram reduzir o número de salas de aula nas escolas estaduais, levando milhares de estudantes às ruas pelo seu direto ao acesso à educação. O que chama a atenção nestes movimentos, que aconteceram em diversas partes do Brasil, é que os estudantes se envolveram nas questões, organizaram-se e fizeram diversas ações de solidariedade, além de trazerem debates para o espaço escolar, como as questões de gênero. Para abordar as manifestações dos estudantes, este artigo tem como referencial teórico central José Gimeno Sacristán, Bernardo Toro e Ilse Scherer-Warren.

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Publicado

31/12/2018

Como Citar

Paulo de Souza da Silva, J. ., & Scheffelmeier Mei, D. (2018). As ocupações nas escolas em 2015 e 2016: “Primaveras Estudantis”. Revista Chão Da Escola, 15(1), 42–55. https://doi.org/10.55823/rce.v15i15.118

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